As campanhas mais polêmicas de 2025
As campanhas que marcaram 2025 dividindo opiniões e gerando barulho.
Ooi Pessoal!
Em 2025, a publicidade deixou claro que tentar agradar todo mundo não é mais uma opção. Em meio a um cenário cultural mais atento e crítico, algumas marcas escolheram se posicionar, assumir riscos e entrar no debate público. O resultado foi um ano marcado por campanhas que dividiram opiniões, geraram barulho e não passaram despercebidas.
Pé Direito: Havaianas + Fernanda Torres.
A Havaianas abriu 2025 com a campanha Pé Direito, usando a expressão como símbolo de sorte e recomeço. O problema é que, no Brasil polarizado, “pé direito” deixou de ser lido só como expressão popular e passou a acionar associações políticas claras entre direita e esquerda.
A escolha do termo, somada à presença de Fernanda Torres, fez parte do público interpretar a campanha como uma provocação política disfarçada.
Outros acusaram a marca de usar um símbolo carregado sem assumir o peso das leituras possíveis. A polêmica mostrou que, em 2025, nem linguagem popular é neutra quando amplificada por uma grande marca.
Stranger Things: Burger King x McDonald’s.
O McDonald’s fechou exclusividade com a temporada final de Stranger Things e assumiu oficialmente o território da série. O Burger King respondeu sem contrato, reutilizando imagens de uma temporada antiga em que a marca aparece dentro da narrativa para provocar o rival.
A ação dividiu opiniões. Para alguns, foi leitura cultural rápida e alinhada ao DNA provocador da marca. Para outros, oportunismo sem direito oficial. A polêmica reforçou que, na cultura pop, timing e contexto podem gerar tanta conversa quanto grandes investimentos.
Comercial criado com IA: Coca-Cola.
A Coca-Cola lançou um filme publicitário desenvolvido com uso intensivo de inteligência artificial e assumiu publicamente a tecnologia como parte do processo criativo. A decisão foi menos sobre o filme e mais sobre o posicionamento da marca diante do avanço da IA.
Criativos criticaram a iniciativa, levantando questões sobre autoria e craft, enquanto outros defenderam a Coca-Cola como pioneira. A polêmica expôs um debate inevitável do mercado: não é mais se a IA será usada, mas como e com que transparência.
Genes: American Eagle + Sydney Sweeney.
A American Eagle lançou a campanha Genes explorando o duplo sentido entre genética e jeans com Sydney Sweeney como protagonista. A estética e a mensagem levaram parte do público a interpretar a campanha como flerte com ideias eugenistas.
Mesmo com críticas intensas, a campanha teve impacto positivo em vendas, aprofundando a discussão. O caso evidenciou a tensão entre performance e responsabilidade cultural, mostrando que resultado financeiro não neutraliza risco simbólico.
Face Wrap: Skims.
A Skims apresentou o Face Wrap como um produto voltado à redefinição de contornos faciais, apoiado por uma estética clínica e aspiracional. A campanha rapidamente chamou atenção, mas também gerou críticas por reforçar padrões irreais de beleza.
A reação veio de consumidores e especialistas, que questionaram o impacto da mensagem em um contexto de debate sobre saúde mental e autoimagem. A polêmica expôs o limite delicado entre desejo, empoderamento e pressão estética no branding contemporâneo.
Se 2025 deixou algum aprendizado, foi o de que a publicidade está cada vez mais próxima da cultura. E quando marcas entram nesse território, a neutralidade deixa de ser uma opção. Campanhas que se posicionam geram conversa, geram atrito e, principalmente, geram memória. É isso que mantém marcas relevantes mesmo quando dividem opiniões.







