Autenticidade é o novo luxo: marcas reais, conexões verdadeiras
Mais do que o ideal, o público quer o real. Marcas autênticas, que abraçam sua verdade e refletem o cotidiano das pessoas, criam conexões duradouras e relevantes — e fogem do risco da mesmice.
O novo briefing da comunicação: ser real, antes de ser ideal
Fala, pessoal! 👋
Em tempos de excesso, filtros e discursos prontos, o que mais se destaca é o que é genuíno. As pessoas não estão mais buscando marcas perfeitas — estão buscando marcas reais, com propósito claro, presença coerente e coragem de mostrar a vida como ela é. E isso mudou a forma como a comunicação precisa ser pensada.
Como aponta um artigo publicado no Medium, “mais do que o ideal, as pessoas estão buscando o real”. E isso não é apenas uma virada de percepção — é uma mudança de expectativa. Hoje, para criar conexões profundas e relevantes com seu público, não basta ter um bom produto. É preciso ter voz, coragem e verdade.
A autenticidade como diferencial competitivo
A autenticidade virou o novo ouro do branding moderno. Marcas como IKEA, que deixou de mostrar casas impecáveis para exibir cenas do cotidiano “gente como a gente” (como cachorros fazendo xixi no tapete ou pais chegando em casa pós-festa do filho), entenderam que o público não quer só sonhar: quer se ver representado.
Essa mudança não é isolada. Campanhas de marcas como Dove, Natura, Netflix e Amaro também têm apostado em narrativas que mostram corpos reais, conversas sinceras, e contextos cotidianos. De acordo com estudo da Kantar, campanhas com alto índice de autenticidade têm 3x mais chances de gerar engajamento emocional e impacto positivo na marca.
E não é difícil entender o porquê. Vivemos uma era em que as pessoas estão exaustas de aparências e promessas vazias. Em meio à overdose de estímulos, a audiência quer se reconhecer nas marcas com as quais se relaciona. A autenticidade, hoje, é mais do que um traço estético ou tom de voz: é uma postura. Marcas que assumem suas imperfeições, que mostram os bastidores e que falam com verdade geram identificação, pertencimento e, principalmente, confiança — um dos ativos mais valiosos no marketing atual.
Conclusão: o branding que realmente importa
Na minha visão, o futuro do branding — que já começou — está na capacidade das marcas de olhar com atenção para o mundo ao seu redor. Mais do que seguir fórmulas, é sobre escutar as ruas, mergulhar nas conversas reais, valorizar a diversidade, respeitar as vulnerabilidades e refletir a vida como ela é.
Autenticidade não é o oposto de estratégia — é o que a torna relevante. Marcas que entendem o contexto em que estão inseridas, que se adaptam sem perder sua essência e que têm coragem de contar histórias verdadeiras, construirão não só audiência, mas legado.
Chega da perfeição publicitária. O que conecta de verdade são os ruídos, os bastidores, os tropeços — tudo aquilo que nos faz humanos. E é exatamente por isso que as marcas que abraçam o real têm o poder de criar vínculos duradouros, gerar impacto e inspirar confiança. Esse é o caminho para quem quer não só existir, mas pertencer.