Burger King transformou um clube desconhecido em fenômeno no FIFA.
Uma estratégia de branding ousada que aproveitou a cultura gamer para gerar engajamento massivo, sem gastar rios de mídia tradicional.
O clube invisível que virou oportunidade.
O Stevenage FC era praticamente irrelevante. Um time pequeno da quarta divisão inglesa, sem torcida expressiva, sem jogos televisionados e sem prestígio algum.
À primeira vista, investir ali parecia um erro. Mas o Burger King enxergou o que ninguém via: uma chance de entrar num território barato, porém com alto potencial estratégico. Em vez de mirar onde todas as marcas já estavam, o BK escolheu ocupar um espaço negligenciado, e transformá-lo em palco global.
O campo de jogo era digital.
Enquanto as marcas de esporte gastavam milhões em patrocínios tradicionais, o Burger King entendeu que a atenção do público estava migrando para o digital, especialmente para os videogames.
O Stevenage, mesmo sendo pequeno, estava presente no FIFA 20, o simulador de futebol mais jogado do mundo. Ao patrocinar o time, o BK colocou sua logo nos uniformes virtuais do clube, garantindo visibilidade dentro do jogo.
Foi um movimento simples, mas com um alcance gigantesco, a marca apareceu de forma orgânica para milhões de jogadores, em todos os continentes.
Essa decisão mostrou um pensamento de marketing cada vez mais essencial, estar onde o público realmente está, e não onde o mercado tradicional espera que você esteja. O BK não comprou mídia, comprou contexto.
Da ideia ao movimento global.
A grande virada veio com o lançamento do #StevenageChallenge. O Burger King desafiou gamers do mundo todo a jogar com o Stevenage no FIFA, marcar gols com os craques virtuais e postar os vídeos nas redes sociais. Quem participasse ganhava lanches reais. Simples, divertido e perfeitamente integrado à cultura gamer.
O impacto foi gigantesco. Mais de 25 mil gols foram compartilhados, as camisas do clube se esgotaram e o Stevenage, antes esquecido, virou o time mais jogado do modo carreira no FIFA. O que começou como um patrocínio de baixo custo se transformou em uma campanha global de engajamento, mídia espontânea e amor de marca.
O marketing que cria cultura.
A genialidade dessa ação está em entender que o verdadeiro poder do marketing moderno não está apenas em vender, mas em participar da cultura.
Esse é o tipo de estratégia que redefine métricas tradicionais. O retorno não veio só em vendas, mas em branding, awareness e engajamento orgânico. O funil de conversão começou no jogo, passou pelas redes sociais e terminou nas lojas físicas. Uma integração perfeita entre o digital e o real.
O BK entrou num campo onde a atenção era genuína, transformou consumidores em participantes e construiu um case que hoje é estudado em faculdades e agências do mundo todo.






