Campanhas criativas de Halloween 2025 mostram o poder do marketing sazonal.
Como as marcas transformam o Halloween em um ambiente criativo para experiências, narrativas e engajamento.
A lógica da sazonalidade reinventada.
O Halloween deixou de ser apenas uma data temática e passou a ocupar um espaço estratégico no calendário do marketing.
O que antes era visto como um momento pontual para promoções e fantasias se tornou uma oportunidade de narrativa e conexão emocional com o público. Em 2025, as marcas compreenderam que não basta participar da conversa: é preciso criar o próprio enredo dentro dela.
O comportamento do consumidor também mudou. O público, especialmente as gerações mais jovens, busca experiências que unam entretenimento, propósito e estética.
As redes sociais ampliaram o alcance desse movimento, transformando produtos, embalagens e ativações em conteúdo orgânico e compartilhável. Em um cenário saturado por campanhas sazonais, criatividade e timing se tornaram diferenciais competitivos.
O Halloween brasileiro ganha identidade própria.
As campanhas de 2025 mostraram como o Brasil aprendeu a brincar com o medo sem perder o humor e a originalidade.
A Fanta lançou uma coleção de latas estampadas com figuras icônicas do terror, transformando o refrigerante em um item de coleção e estimulando o compartilhamento nas redes.
A Heinz apostou na irreverência ao criar uma maionese preta com sabor de alho negro, reforçando sua presença entre os fãs de edições limitadas e produtos visualmente marcantes.
A Panco entrou na data com embalagens exclusivas para o Dia das Bruxas, mostrando que até marcas de consumo cotidiano podem participar do imaginário coletivo com um simples gesto de design.
Já a HBO Max levou o suspense para as ruas ao espalhar balões vermelhos em diferentes cidades do mundo para promover o retorno da série “It: A Coisa”. Foi uma ação de guerrilha que uniu cultura pop e narrativa urbana, provando que o medo ainda é um excelente motor de curiosidade.
Outro destaque foi a colaboração entre o Burger King e o Serasa, que trocaram boletos por sanduíches gratuitos. A campanha foi além do humor e trouxe um comentário social sobre endividamento e escapismo, transformando uma dor cotidiana em uma experiência simbólica e compartilhável.
O Patties, em parceria com a Heinz, criou uma unidade temática em São Paulo que se transformou em uma verdadeira “experiência mal-assombrada”. A ativação mostrou como o varejo físico pode ganhar força quando se torna um cenário para o storytelling de marca.
Criatividade global e o poder da imersão.
Enquanto o Brasil explorava o humor e a proximidade cultural, o cenário internacional seguiu apostando em experiências imersivas e colaborações inusitadas.
Marcas como Skittles, Pepsi e Oreo lançaram edições limitadas de produtos com design luminoso e sabores experimentais, criando um novo tipo de “ritual de consumo”.
Nos Estados Unidos e no Japão, o Halloween virou sinônimo de marketing sensorial: o que se vê, se toca, se prova e se compartilha.
Mais do que estética, essas campanhas demonstram a força da antecipação e da participação do público. As marcas que conseguiram despertar curiosidade antes do dia 31 de outubro prolongaram o ciclo de engajamento e criaram valor além da venda imediata.
O Halloween virou um palco para experimentação, testando ideias que depois podem se tornar produtos permanentes ou novas colaborações.
Nova lógica criativa do Marketing Sazonal.
O sucesso das campanhas de Halloween deste ano mostra que a sazonalidade não é mais sobre “entrar na data”, mas sobre criar uma experiência dentro dela.
As marcas que se destacaram entenderam que é possível unir estética, entretenimento e propósito em uma mesma ação. Elas transformaram embalagens em mídia, produtos em performance e consumidores em cocriadores de conteúdo.
Para quem planeja futuras ativações, o aprendizado é claro: a inovação não precisa vir de grandes orçamentos, mas de ideias que conectem emoção e contexto.
Um bom conceito visual, uma execução consistente e uma história bem contada continuam sendo as armas mais poderosas do marketing, especialmente quando o medo é só um pretexto para encantar.






