CBF Quer Controle da Publicidade no Brasileirão e Parte das Receitas dos Clubes
A entidade busca centralizar a gestão comercial do campeonato, gerando debates sobre autonomia e finanças dos times.
Salve, pessoal! A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou recentemente um ofício aos clubes da Série A declarando ser a detentora dos direitos comerciais do Campeonato Brasileiro, incluindo as placas de publicidade nos estádios. Com isso, a entidade pretende participar dos contratos de publicidade e obter uma fatia das receitas geradas por essas propriedades. Vamos entender melhor essa movimentação e suas implicações para os clubes e o futebol nacional.
A posição da CBF
No comunicado, a CBF afirma que, de acordo com a Constituição Federal e a Lei Geral do Esporte, possui autonomia para gerir as competições que organiza, o que incluiria o controle sobre os direitos comerciais do Brasileirão. A entidade se baseia também em práticas internacionais e nos estatutos da FIFA e da CONMEBOL para justificar sua posição.
A reação dos clubes
Atualmente, 19 dos 20 clubes da Série A têm contratos de publicidade com a empresa Brax, enquanto o Palmeiras possui acordo com a Sportshub. Esses contratos, válidos para o período de 2025 a 2029, representaram um aumento significativo nas receitas dos clubes. Por exemplo, Flamengo e Corinthians passaram a receber R$ 66 milhões anuais, enquanto o Palmeiras garantiu R$ 63 milhões. Anteriormente, os valores máximos giravam em torno de R$ 40 milhões.
A intervenção da CBF gerou preocupação entre os clubes, que temem uma redução em suas receitas caso a entidade passe a deter parte dos valores obtidos com publicidade. No entanto, há uma predisposição da Brax em cobrir esse valor extra reivindicado pela CBF, evitando prejuízos aos times e buscando segurança jurídica na exploração dos direitos comerciais.
Histórico e contexto
Essa não é a primeira vez que a CBF busca participar das receitas de publicidade do Campeonato Brasileiro. No ciclo anterior, que se estendeu até 2024, a entidade já fazia parte dos contratos de publicidade da Série A, recebendo um percentual das receitas da maioria dos clubes.
A questão central agora é definir até que ponto a CBF pode intervir nos contratos já estabelecidos entre clubes e empresas de publicidade, e como essa intervenção afetará as finanças e a autonomia dos times na gestão de suas receitas comerciais.
Próximos passos
A expectativa é que a CBF e os clubes iniciem negociações para chegar a um consenso sobre a divisão das receitas de publicidade. Será fundamental estabelecer um equilíbrio que permita à entidade exercer sua função reguladora sem comprometer a saúde financeira e a autonomia dos clubes.
E você, o que acha dessa movimentação da CBF? Como isso pode impactar o futebol brasileiro?