Jaguar Demite Agência e Revê Estratégia Criativa Após Campanha Polêmica
Reposicionamento ousado, críticas intensas e uma marca icônica tentando se reinventar no mercado de luxo elétrico.
Fala, pessoal! O universo da publicidade foi sacudido por um movimento inesperado: a Jaguar está revendo sua conta criativa global — e, com isso, encerra a parceria com a Accenture Song, agência responsável pela mais recente (e controversa) campanha da marca.
Sim, estamos falando de uma das grifes mais tradicionais da indústria automotiva, que decidiu mudar tudo para acompanhar a revolução dos carros elétricos. Mas será que exageraram na dose?
O que rolou?
Em 2024, a Jaguar lançou a campanha “Copy Nothing”, um reposicionamento ousado para marcar sua transição para uma marca 100% elétrica e de luxo até 2025. A proposta: abandonar ícones clássicos como o logotipo “growler”, apostar em uma estética minimalista, com modelos estilosos em cenários futuristas — e, surpreendentemente, sem mostrar nenhum carro.
O objetivo era claro: atrair um público jovem, disruptivo e global. Mas o resultado foi... polêmico.
A reação do mercado
Críticas à ausência do produto: Figuras como Elon Musk ironizaram o fato de uma marca de carros esconder seus próprios veículos.
Acusações de “wokeness” exagerada: Parte do público viu a campanha como uma tentativa forçada de agradar tendências culturais, abandonando a essência britânica da marca.
Buzz enorme: Apesar das críticas, a campanha atingiu mais de 160 milhões de visualizações — um sinal de que, pelo menos em atenção, ela funcionou.
O que a Jaguar decidiu?
Diante da repercussão, a montadora decidiu revisar toda sua conta criativa e buscar uma nova agência. A ideia é encontrar um parceiro que consiga equilibrar inovação com legado — reposicionar sem perder a herança.
Essa troca acontece num momento crítico, já que a Jaguar pretende relançar sua linha com novos modelos elétricos a partir de 2025. E a comunicação vai ser peça-chave nesse reposicionamento.
Por que isso importa?
Para quem trabalha com branding e posicionamento, esse case é ouro puro. Ele mostra como o equilíbrio entre tradição e inovação é delicado — e como uma campanha de alto impacto pode tanto construir quanto confundir uma marca.
Produto ainda importa: Mesmo em uma era de narrativas e propósitos, não dá pra esquecer o básico: mostrar o que você vende.
Reposicionamento precisa de timing e clareza: A marca quis acelerar a transição, mas pode ter atropelado a percepção do público.
A boa polêmica também comunica: O buzz foi real. Mas será que converteu em reputação positiva?
Conclusão
A Jaguar nos lembra que reinventar uma marca não é só mudar logo ou estética — é alinhar discurso, produto e propósito de forma coerente e estratégica. E, claro, saber ouvir o mercado quando a resposta não é a esperada.
Agora é acompanhar os próximos passos da montadora. Com uma nova agência à frente, o mundo da publicidade já tá de olho na próxima jogada. E você, o que faria diferente?