LATAM & Google lançam campanha 100% IA — e provocam debate (e economia)
Primeira campanha brasileira feita com o Google Veo 3 traz vídeos de inverno no Chile gerados por IA — com velocidade, economia e uma pergunta no ar: até onde a criatividade pode ser automatizada?
Quando a IA assume a direção criativa
Fala, galera! 👋
Imagina uma campanha publicitária sem atores, sem set de filmagem, sem cinegrafista — e nem um criativo no estúdio. Pois é, foi assim que a LATAM estreou sua nova campanha de inverno, 100% feita com inteligência artificial. E o nome da tecnologia por trás do feito? Veo 3, a IA generativa de vídeo recém-lançada pelo Google.
Veo 3: vídeos por comando de texto
A promessa da ferramenta é ousada: transformar simples prompts de texto em vídeos com qualidade cinematográfica, áudio sincronizado e movimento super realista. E sim, a LATAM colocou isso à prova: foram quatro filmes gerados com IA para promover o inverno no Chile, veiculados no YouTube via Google Ads.
Os resultados?
Produção até 75% mais rápida que a tradicional
Qualidade visual surpreendente
Economia considerável — enquanto produções convencionais exigem dezenas de milhares de reais, o Veo roda por assinatura mensal a partir de R$ 97.
Por que isso importa (e muito)
Num cenário onde agilidade e escala são cruciais, usar IA para criar campanhas pode ser a chave para lançar conteúdos sazonais com mais rapidez — e com custos bem menores. Mas, como diria o ditado: nem tudo que reluz é ouro.
No próprio B9, outro exemplo chamou atenção: uma prefeitura usou IA para gerar vídeos institucionais, sem artistas, sem comunidade. O resultado? Rejeição. “Se tem algo que não pode ser automatizado, é a alma de uma festa popular”, disseram por lá.
A estética impressiona. A alma... nem sempre vem junto
Os vídeos feitos com Veo 3 são bonitos, eficientes, rápidos — mas ainda carecem de emoção, contexto e aquele toque humano que conecta de verdade. Um dos produtores envolvidos chegou a dizer que, mesmo com IA, gastou mais tempo refinando o material do que num set real. A pergunta que fica: será que vale a pena?
Então, o que aprendemos com tudo isso?
A IA pode (e deve!) acelerar processos, mas o olhar criativo humano continua indispensável
Produções sazonais e de alta repetição podem sim se beneficiar da automação
Ética, autoria e narrativa ainda são e continuarão sendo humanas
O mercado observa — e o público também
No fim das contas, o recado é claro: IA é parceira, não substituta
A campanha da LATAM é um sinal dos novos tempos. O futuro da publicidade será híbrido — com inteligência artificial aliada ao talento humano. E o verdadeiro diferencial seguirá sendo aquele toque que nenhuma IA consegue simular: emoção, conexão e significado.
Porque criar é mais do que produzir. É provocar sentimento. E isso, meus amigos, continua sendo 100% humano.